Uma análise profunda sobre o endividamento soberano
A demanda crescente por financiamento externo e o peso das obrigações públicas têm desafiado as economias globais. Com isso em mente, apresento um estudo detalhado sobre os 10 países com as maiores dívidas externas em 2025, acompanhando também o panorama da dívida pública e o impacto dessas obrigações nas economias.
Ao explorar os dados mais recentes disponíveis, trago argumentos sólidos, conectados por transições e com clareza analítica, oferecendo insights que fortalecem o SEO com relevância, profundidade e estrutura otimizada.
1. Estados Unidos: a maior dívida externa absoluta
Os Estados Unidos detêm a maior dívida externa do mundo, com títulos do tesouro americanos mantidos por estrangeiros somando trilhões de dólares — sendo cerca de US$ 7,7 trilhões em dezembro de 2021 Wikipedia. Além disso, sua dívida pública total ultrapassou a marca de US$ 30 trilhões, com US$ 26,5 trilhões detidos pelo público e US$ 12,1 trilhões entre as próprias agências governamentais, em dezembro de 2023 Wikipedia. Esse endividamento colossal, ainda que em uma economia robusta, gera pressão constante sobre gastos com juros e restringe a flexibilidade fiscal.
2. Reino Unido: vulnerabilidades fiscais expostas
O Reino Unido enfrenta uma escalada nas despesas com juros da dívida pública, projetadas em £111,2 bilhões para o próximo ano, valor equivalente ao dobro do seu orçamento de defesa The Wall Street Journal. Esse cenário agrava a fragilidade de uma economia sem reserva monetária forte ou banco central robusto capaz de amortecer choques, expondo vulnerabilidades estruturais diante de uma retomada econômica lenta.
3. Japão: o declínio do modelo de dívida barata
O Japão, que historicamente sustentou enormes níveis de dívida com juros próximos de zero, agora sofre um forte aumento nos rendimentos dos títulos de longo prazo — o juro de 30 anos aproxima-se de 3% versus 0,2% pré-pandemia The Times. Com isso, surgem perdas significativas nos balanços de instituições como o Banco do Japão, reduzindo sua capacidade de sustentar o endividamento e abrindo caminho para uma revisão global dos modelos de dívida elevada.
4. Austrália: mais rápido aumento entre economias desenvolvidas
Segundo dados da OCDE, a dívida pública da Austrália cresceu de 15,2% do PIB em 2004 para 57,9% em 2024, com previsão de alcançar 60,6% em 2025 The Australian. Esse salto expressivo, motivado por crises globais, grandes investimentos públicos e elevação dos gastos sociais, suscita alertas sobre sustentabilidade fiscal e possíveis rebaixamentos de crédito caso a dinâmica persista.
5. China e o papel global no endividamento
Embora não estejam entre os maiores devedores externos absolutos como os EUA, a China emerge como protagonista na dívida global — junto com os EUA, representa grande parte do crescimento da dívida pública global, que a FMI estima poderá atingir US$ 100 trilhões Barron’s. A China precisa reequilibrar sua economia, fortalecer o consumo interno, estabilizar o setor imobiliário e adotar políticas verdes para lidar com esse passivo crescente.
6. Países emergentes: pagamento pesado para credores privados
Entre 2020 e 2025, países de baixa renda desembolsaram US$ 354 bilhões em pagamentos de dívida externa. Dessas somas, 39% foram destinados a credores privados (como detentores de títulos e traders de commodities), 34% a instituições multilaterais, 13% à China, e 14% a outros governos Reuters. Essa dinâmica mostra que os custos mais pesados recaem sobre os setores privados, que cobram juros mais altos, onerando fortemente economias frágeis em recuperação pós-pandemia.
7. Outros países de alto endividamento externo
Segundo dados da lista da Wikipedia sobre dívida externa (publicada em setembro–dezembro de 2024), os países com maiores valores incluem (em trilhões de dólares e percentual do PIB):
- EUA: US$ 25,8 trilhões (18,44% do PIB)
- China: US$ 10,5 trilhões (65,91% do PIB)
- Japão: US$ 8,2 trilhões (51,25%)
- Reino Unido: US$ 7,1 trilhões (40,84%)
- França: US$ 4,4 trilhões (90,34%)
- Alemanha: US$ 4,3 trilhões (20,52%)
- Holanda: US$ 3,9 trilhões (1,31%)
- Itália: US$ 3,2 trilhões (362,07%)
- Canadá: US$ 3,1 trilhões (28,15%)
- Bélgica: US$ 2,9 trilhões (26,56%) Wikipedia
Esses números realçam tanto os gigantes econômicos com elevado estoque de dívida quanto países cuja dívida externa supera amplamente seu PIB, como a Itália.
8. Brasil e outros emergentes: desafios duplos
Embora o Brasil não apareça entre os top-10 de dívida externa citados acima, o país faz parte dos grandes contribuintes para o crescimento global da dívida pública Barron’s. Junto com França, Itália, Reino Unido e África do Sul, compõe um grupo de economias responsáveis por 70% do PIB global e que precisam agir proativamente para evitar reações adversas do mercado.
9. Interdependência e riscos globais
A crescente dívida global — concentrada nos EUA, China e outras economias de grande porte — mantém os mercados sob tensão crescente. Juros mais elevados, pressões fiscais e instabilidade política desafiam a sustentabilidade financeira, especialmente num contexto de juros altos globais e receitas pressionadas. Os países com dívida externa mais alta enfrentam renovação onerosa dessas obrigações, enquanto aqueles com dívida doméstica elevada precisam equilibrar cortes e crescimento.
10. Impactos estruturais para as economias
Esse panorama de endividamento elevado impõe impactos reais:
- Redução da margem fiscal, dificultando investimentos em educação, saúde e infraestrutura
- Vulnerabilidade a choques externos ou alterações nas taxas de juros globais
- Risco de rebaixamento de ratings, tornando os empréstimos futuros mais caros
- Pressão inflacionária, se financiamentos forem monetizados
- Possível reação adversa de investidores, afetando fluxos de capital e taxa de câmbio
As economias dependentes de financiamento externo precisam, portanto, fortalecer suas bases fiscais, melhorar a governança da dívida e investir em crescimento sustentável para evitar crises.
Conclusão
Em resumo, os 10 países com as maiores dívidas externas em 2025 incluem, em ordem aproximada: Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá e Bélgica. O peso dessa dívida — junto com os crescentes passivos públicos — impõe desafios profundos e realistas: queda na flexibilidade fiscal, pressão sobre juros e risco de instabilidade financeira.
Essas nações, variando entre potências consolidadas e emergentes vulneráveis, precisam agir estrategicamente para manter solvência, credibilidade e crescimento sustentável. No fim, o impacto das dívidas externas em 2025 é tão econômico quanto político, exigindo coordenação entre política fiscal, monetária e investimentos de longo prazo, sempre sustentada por transparência e previsibilidade.
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